A negativa por escrito é um documento que o paciente pode usar para questionar a decisão do plano de saúde.
Um aviso pra
quem tem plano de saúde: a partir desta terça (7), toda vez que uma operadora
negar um procedimento médico, ela terá que explicar o motivo por escrito. E o
documento tem que ser entregue em, no máximo, 48 horas.
Juliana
Moncorvo tentou autorização por, pelo menos, três vezes para fazer uma cirurgia
de redução dos seios. Ela mostra dois laudos que apontam problemas na coluna,
provocados pelo peso das mamas. Mas, não conseguiu a autorização e nem recebeu
uma resposta da operadora de plano de saúde.
“É um jogo de
empurra. Pedem para você fazer uma reclamação pelo site, em um e-mail que
parece que não chega para eles. Já vai fazer um ano que estou esperando o
retorno deles e até agora nada”, se queixa a projetista Juliana Moncorvo.
As operadoras
sempre tiveram que explicar o motivo da negativa de uma consulta, exame ou
cirurgia. Mas, a partir de agora, a justificativa para o cliente vai ter que
vir por escrito. A linguagem deve ser clara, sem nenhum termo técnico para que
qualquer pessoa entenda. A negativa por escrito é um documento que o paciente
pode usar para questionar a decisão do plano de saúde.
Um levantamento
da ANS,
Agência Nacional de Saúde Suplementar, mostra que 75% de todas as reclamações
que chegam à agência são de consumidores que tiveram os procedimentos médicos
negados.
“Caso a empresa
não forneça a informação para o beneficiário por escrito, ela pode sofrer uma
multa de R$ 30 mil e caso ela, também, deixe de fornecer o próprio procedimento
médico, a multa pode chegar também a R$ 80 mil, e, se esse procedimento for de
urgência e emergência, de R$ 100 mil”, explica Eunice Dalle, chefe da ANS - MG.
As associações
que representam as principais operadoras de planos de saúde declararam que
estão preparadas para cumprir a medida. E que ela é positiva, porque vai trazer
mais transparência no relacionamento entre empresas e clientes.
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