terça-feira, 7 de agosto de 2012

Tratamento atual dos aneurisma toracoabdominal


O tratamento atual dos aneurisma toracoabdominal (ATA) é normalmente associado com alta mortalidade e morbidade. A complicação mais temida e mais devastadora é a paraplegia. Segundo a literatura, a mortalidade após o tratamento cirúrgico do ATA é em média de 6% a 15% para procedimentos eletivos e de 50% a até 60% para procedimentos de emergência!    

Os aneurismas toracoabdominais foram classificados por Crawford e cols, em: Tipo I, com início após a artéria subclávia esquerda até abaixo dos ramos viscerais; Tipo II, com início após a artéria subclávia esquerda até a bifurcação da aorta; Tipo III, entre a 6a. costela e as artérias renais e o Tipo IV, com início abaixo do diafragma até as artérias renais. (Imagem Abaixo)
 

Para se reduzir as complicações deste tratamento, algumas técnicas foram lançadas como por exemplo o emprego da hipotermia profunda pela circulação extracorópera estabelecida entre o átrio esquerdo e a aorta ascendente, drenagem externa de líquido cefalorraquidiano e reimplante das artérias intercostais ou a da artéria Adamkiewicz. 

Mais recentemente técnicas endovasculares também foram inseridas neste contesto e os resultados já podem ser pelo menos comparados aos das técnicas convencionais cirúrgicas. 

Entretanto, a correção endovascular dos aneurismas toracoabdominais são limitadas devido a complexidade em se manter os ramos viscerais e as artérias renais abertas e perfundidas. Técnicas de se implantar stents revestidos nas fenestras e ramos customizados das endopróteses também vem sendo tentadas. Apesar dos dados iniciais terem demonstrado viabilidade, essas técnicas ainda estão em fase de investigação e requerem  alta habilidade dos cirurgiões e a disponibilidade dos dispositivos apenas de forma customizada.

O Modulador de Fluxo Multilayer oferece uma nova opção para o tratamento dos aneurismas toracoabdominais. Os aneurismas são excluídos fisiologicamente ao invés de mecanicamente e a circulação colateral vital e a patência dos ramos são mantidas. A sua construção 3D proporciona importantes efeitos hemodinâmicos e biológicos tais como: 

Nos aneurismas saculares, ele reduz a velocidade do vortex proporcionando a formação de trombos organizados no saco aneurismático. 

Ele transforme o fluxo turbolento em fluxo laminar, preservando a circulação colateral. 

Ele acelera e canaliza o fluxo em direção aos ramos. 

Estudos pré-clínicos em animais demonstraram que a endotelização do MFM começa pela estrutura das hastes do stent e não a partir da parede dos vasos.     

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