O
tratamento atual dos aneurisma toracoabdominal (ATA) é normalmente associado
com alta mortalidade e morbidade. A complicação mais temida e mais devastadora
é a paraplegia. Segundo a literatura, a mortalidade após o tratamento cirúrgico
do ATA é em média de 6% a 15% para procedimentos eletivos e de 50% a até 60% para
procedimentos de emergência!
Os
aneurismas toracoabdominais foram classificados por Crawford e cols, em: Tipo
I, com início após a artéria subclávia esquerda até abaixo dos ramos viscerais;
Tipo II, com início após a artéria subclávia esquerda até a bifurcação da
aorta; Tipo III, entre a 6a. costela e as artérias renais e o Tipo IV, com
início abaixo do diafragma até as artérias renais. (Imagem Abaixo)
Para
se reduzir as complicações deste tratamento, algumas técnicas foram lançadas
como por exemplo o emprego da hipotermia profunda pela circulação extracorópera
estabelecida entre o átrio esquerdo e a aorta ascendente, drenagem externa de
líquido cefalorraquidiano e reimplante das artérias intercostais ou a da
artéria Adamkiewicz.
Mais
recentemente técnicas endovasculares também foram inseridas neste contesto e os
resultados já podem ser pelo menos comparados aos das técnicas convencionais
cirúrgicas.
Entretanto,
a correção endovascular dos aneurismas toracoabdominais são limitadas devido a
complexidade em se manter os ramos viscerais e as artérias renais abertas e
perfundidas. Técnicas de se implantar stents revestidos nas fenestras e ramos
customizados das endopróteses também vem sendo tentadas. Apesar dos dados
iniciais terem demonstrado viabilidade, essas técnicas ainda estão em fase de
investigação e requerem alta habilidade dos cirurgiões e a
disponibilidade dos dispositivos apenas de forma customizada.
O
Modulador de Fluxo Multilayer oferece uma nova opção para o tratamento dos
aneurismas toracoabdominais. Os aneurismas são excluídos fisiologicamente ao
invés de mecanicamente e a circulação colateral vital e a patência dos ramos
são mantidas. A sua construção 3D proporciona importantes efeitos hemodinâmicos
e biológicos tais como:
Nos
aneurismas saculares, ele reduz a velocidade do vortex proporcionando a
formação de trombos organizados no saco aneurismático.
Ele
transforme o fluxo turbolento em fluxo laminar, preservando a circulação
colateral.
Ele
acelera e canaliza o fluxo em direção aos ramos.
Estudos
pré-clínicos em animais demonstraram que a endotelização do MFM começa pela
estrutura das hastes do stent e não a partir da parede dos vasos.


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